terça-feira, 31 de março de 2009

nada

Me falta a criatividade
por isso as rimas não mais existem
eu me escreve como um nada
e as palavras não se encaixam
não existe métrica
e na bebida encontro a solução.
na música a emoção.
e no final...
tudo é normal.

quinta-feira, 26 de março de 2009

axioma

Era domingo. Eu tava enchendo a cara. Como sempre faço. Bebendo aquela gelada. De vez em quando uma caipirinha. As vezes. Tequila. Junto com os amigos. Desde a tarde de sábado. Quando saí do trabalho. Fui pra casa descansar. E no fim da tarde com o sol mais ameno. Porém ainda um bafo quente pelo ar. Amo. Acordo com o corpo suado e tomo um banho pra me refrescar. Depois uma roupa simples. E no fim... Desço as escadas para o bar logo aqui embaixo. Posição estratégica. Peço logo aquela mexicana douradinha que mais parece urina. Desce bem. Juro que antigamente não conseguia entender como em lugares tão quentes a galera conseguia beber bebidas quentes. Mas com a tequila entendi. Foi a tequila e logo em seguida uma boa garrafa de cerveja bem gelada. Nisso começam a aparecer as pessoas. Juntamos mais de uma dezena delas. Todos amigos. Bebendo. Conversando. O boteco é bom. Espera a noite cair dentro para depois fechar as portas. Enquanto isso estamos lá esvaziando o estoque do velho manél. Alguns vão embora antes. Não aguentam a batida. Outros trabalham. E assim. No fim. Somos quatro. A conta é pendurada e lá vamos nós embarcando no ferrovelho maldito. Não faço idéia de como esse carro ainda existe. O bixo só em nossas mãos tem mais história do que muito velhaco ae. E é sempre assim. Fim de semana atrás de fim de semana. O que muda é apenas o que acontece depois que se embarca no motorizado. O resto é axioma.

quarta-feira, 25 de março de 2009

belo

Má e que belo
a beleza da violência me consome
violência noturna
violência gratuita
eu te mostro a minha
e você me mostra a sua.
E assim vamos nos comprometendo
e no fim compreendendo
que sem você eu não e vivo
e sem mim, você não apanha
Mal é belo
joga pelas ruas a esmo
tenho pena de ti
por ti,
te velo em teu enterro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

VIVA!

Hoje é sem texto.
-Por quê?
Simplesmente porque meus olhos doem demais, meu corpo quase não se sustenta, minha mente devanea, e essa merda de computador está travando pra caralho. Então é isso, genten. Amanhã é fim de semana. Provavelmente não irei atualizar este lixo, que chamo de meu blog.
Enfim, apenas um aviso a quem me visita todos os dias, pra ver se tem alguma novidade, ou alguma nova besteira escrita.
Grato pela apreensão,
e um viva à doença!
VIVA! \o/

quinta-feira, 19 de março de 2009

doenca.

"Oh, doença, o que queres de mim?
- Seu corpo, seu bem-estar... seu fim."
Assim iniciou-se mais um dia em uma insignificante vida. Insignificante, talvez, para você. Mais muito importante para bactérias, vírus, vermes, e quaisquer outros seres que me teem como o centro do universo. Assim, posso dizer, sou importante para alguns seres vivos. A dor me faz suar, gemer, reclamar, desdizer, gritar. Sofrível. Todos sentem alguma dor. Física. Um tiro, uma facada, um enfarto, ou mesmo uma pancada. Doença, doença, infelizmente em algum momento, terei de decretar o teu fim. E um viva à tecnologia! Evolução humana!
- Evolução?

quarta-feira, 18 de março de 2009

pera

superar
superar
superar
superar
esperar..

terça-feira, 17 de março de 2009

o meu fim

Quero aqui, anunciar meu fim
o começo de todos, o início do nada
venho aqui escrever para todos os fins
não me preocupo no dia que não está por vir
pelo amanhecer que não me espera após a última madrugada
Se não me perco hoje, amanhã não o digo
Apenas venho aqui anunciar meu fim
fim de linhas.
novo uso de roupas vazias
fim do mundo que vivo
fim da vida em um mundo morto
apático, desiludido
tantos adjetivos
apenas para adjetivar o fim.
me pinto de branco
o desejo é pálido
como a paz interior desejada por todas manifestações
meu fim.

tesão

O problema é quando se perde o tesão em viver. Foi a última coisa que eu o ouvi dizer. Depois disso só me vieram notícias por terceiros. Sempre ficava a indagar o que queria dizer com aquelas palavras. Era sábio demais pra ser tão óbvio. Estava claro que ele queria dizer algo além. Não me esqueço de quantas noites, quantos dias, passei pensando. Quantas garrafas de vodka, whiskey, rum, e cerveja, em vão , tentaram fazer com que meus pensamentos fluíssem melhor. Isso, sem contar os maços de cigarro. Todos os dias ia trabalhar com uma idéia, mas na hora da volta, a idéia já era completamente o oposto. E seguia-se assim. Minha vida não andava. E nem posso dizer que ainda anda. Ao menos poderia dizer que existia naquela época. Ao menos, pensava. Quando em um pequeno dia de desatenção, uma fração de segundos passou em várias horas, consegui exatamente o que ele quis dizer. Muito tarde para passar à vocês. Tudo voltou a velocidade normal, um zumbido, uma buzina, que repetia o que ele disse, foi a última coisa que ouvi.

quarta-feira, 11 de março de 2009

o tempo.

Não digo que sou um grande conhecedor do mundo. Até porque. Se fosse. Não viria aqui escrever tantas baboseiras. Mas talvez eu conheça um pouco. Alguma coisa. Talvez. Até importante. E por saber. Dou mais valor a todas essas idiotices que eu escrevo. Quem vai saber. Deus?. Não sei não. Ele não me inspira muita confiança. Mas depois de várias garrafas de cerveja você passa a confiar até no saci. Minha esclerose prossegue numa velocidade avassaladora. Como bárbaros a conquistar o império romano. Já nem me lembro mais o motivo pelo qual comecei a escrever. E o queria realmente passar. Se é que eu pretendia passar alguma coisa. Talvez apenas o tempo mesmo.