terça-feira, 12 de maio de 2009

Agilidade é o nosso nome

Estou sem saco. Sem disposição pra nada. Sem a mínima vontade de escrever. Algo novo. Algo escroto. Não vou ficar aqui prolongando um texto inútil sobre nada. Sobre tudo. Ou sim. Ou não. A vontade é mandar pro inferno. Vai! Vai! Vai mais uma vez! Vai! E não volta mais. É assim. Sim!. Inutilidade é abrir um site que não tem nada que preste escrito. Nenhum conteúdo. Mas qual é o problema?. Já há tanto conteúdo nas coisas que compramos. Alguns litros. Alguns kilos. A mesma merda de sempre. E então. Toma mais alguns bytes. Mais alguns pixels. Ah! agora não podes mais dizer que não há conteúdo por aqui. Cansou?. Vai no mercado comprar uma fruta. Um suco. Gosta de canudo? Então compre também um canudheeeeeenho. E depois pode se dirigir para o mesmo lugar do amigo acima. Mas vai logo!. Bixo. Tô cansado. Sem disposição nenhuma pra escrever. Acho que já falei isso antes. Mas não custa nada falar de novo. Me falta tempo. Me falta tranquilidade. E este blog realmente continuará um tanto lento. Até que se faça o contrário. Abro um espaço aqui para falar do meu trabalho: Tédio. Obrigado. Sim. Apenas uma palavra resume meu trabalho. E depois?. Bem. Depois eu não sei. O mais legal disso tudo é que você começa a ficar louco. Conversando sozinho. Mostrando coisas novas (entenda repetidas) para você mesmo. É uma diversão única. Literalmente. A insanidade me assola. E por rima. Me lembrei do óleo mazola. Ou algo assim. Então. É isso que vos digo. Estou me tornando um insano. Não há mais conceito em minhas palavras. Não há mais sentido em meus atos. Minhas pernas cobrem-se de ratos. Pêlos espalhados. Ralos. E cabeça enfiada no vazo. Te digo mais. Isso é apenas o começo. Começo do início. Que cobre o precipício com densas nuvens negras. Se joguem. Vocês são pássaros. Voem!. A gravidade não existe sem a gravidez. Da terra sobre o ar. O espaço sobre o infinito. Eu sobre o mundo. O mundo sobre vocês. Vivemos juntos. Vivemos em um mundo louco. Estou me adaptando. Estou ficando louco. Desvairado. Insano. Novamente. Repetição. Tudo muito rápido. Velocidade. Rapidez. Palavras grandes perdem a vez. Assim!. Conto!. Mais!!. Isso!!. Tem!!. Vem!!!. Aqui!!!. Ráp...!!!. Ag...!!!
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E um viva a nossa sociedade!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Somos

A carga é bruta. O peso maior do que poderíamos comportar. E nós ainda tentamos. Olhamos para os lados. Mas ninguém para ajudar. Os olhos tristes seus a me condenar. Se um dia imaginasse que chegaríamos a esse ponto. Nunca teria me atrevido a escrever estes contos. Conto de dor. de horror. de vida. de amor. O peso é grande. E não temos ninguém. Um dia poderiámos ter acreditado em deus. Quem sabe agora poderíamos ter a quem recorrer. Fazer uma ligação direta. Uma reza. Mas aqui. Tão próximos eu e você. E lá. Lá se vai nossa última gota de esperança. Será que você me compreende?. Ou esta sua lágrima que caiu é o meu último julgamento?. Me desculpe por sobrecarregar o instrumento. Jogamos para fora tudo que não presta. A vida é a última coisa que nos resta. Nossa fuga. Nossa remessa. Podemos voltar a voar. Podemos ir longe. É difícil empurrar tanto peso para fora. Jogar tudo no abismo do esquecimento. Mas eu faço. Vamos perdendo peso. os poucos suas lágrimas ressurgem. Memórias?. Tristezas?. Esperança?. Alegria?. Alergia?. Ou sede de triunfo?. Te acompanho, meu amor. Fazemos chover. Ganhamos os céus. Eu e você. Estamos cada vez mais altos. Ninguém. E nada!. Jamais vai conseguir nos abater. Nos botar no chão. Exceto quando quisermos. Não somos mais um pequeno ponto no céu. Nós fazemos os céus. Todo o universo. Criamos a vida. Eu. Você. E quem acabou de chegar. Juntos somos três. A chuva não para. Formamos rios e oceanos. Rios que levam a tristeza embora. E desembocam em oceanos de festa e alegria. A carga era pesada. Muito mais pesada do que pensávamos. Mas agora? Somos mais leves que o ar. Mais belos que o céu. Somos tudo o que puderes imaginar...
Sim!, somos!

E..?

Tensão. Os fatos vem acontecendo. Rolando. Uma bola de neve. Enquanto escrevo algumas palavras mais uma situação desfavorável se desenha. E não pode-se apagar com qualquer borracha. A viagem. A volta. A ida. e a vinda. Tudo num momento único. Em apenas um segundo. Não posso dizer o que vou viver. Se nem tenho certeza de quanto mais vou. Tenho vida. Quero viver. Mas nem toda vida é feita de ser. Neste exato momento. Apenas vivo. Vivo. Vivo. Vivo pensando em como vou sair. E tem mais coisas vindo. Aonde vou chegar? Aonde vamos chegar? Aonde vão alcançar?. É simples. Um breve cálculo matemático. Ou apenas uma questão social. Mas convenhamos. Sou um animal racional. E?. E que se foda. Não adianta eu escrever aqui sobre suas vidas. Se nem são minhas. Apenas penso que tudo isso de nada vale. O valor é zero. O zero é absoluto. A pressão no chão. E você ainda quer sair por aí?