quarta-feira, 22 de abril de 2009

Fui!

É feriado. Vamos tirar uma folguinha.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Chão!

A inspiração me vem. Me faz sentir que posso ir mais além. Ao contrário do que disse esta semana. As palavras me vem como uma nuvem de fumaça quando solto o bafo do cigarro. Faz o caminho inverso da cerveja que entra enquanto me embriago. A velocidade é tão intensa que me troco as letras. Embolo as palavras. Às vezes me pego até inserindo vírgulas nos meus textos sem pausa. Respiração pode ser fatal. Me sinto como se fosse um animal a espreita de sua presa. Olhos tensos. Batimentos acelerados. Tudo friamente calculado. Mas ao mesmo tempo. Na velocidade da intuição. Perco o controle de meus movimentos. O instinto toma conta. Isso é perigoso. Ou esqueci de tomar meu remédio. Ou não deveria estar bebendo. Mas acho que por não poder beber e me medicar. A primeira opção não poderia largar. A cartela está cheia. Minha mente também. Cheia de besteira pronta pra transbordar. E transborda. E se joga. O controle de pensamento fica perdido pelo tempo. A velocidade da luz se perde no choque com as ideias. Seremos os campeões do renascimento. Eu renasci! Eu vivi para morrer. Eu morrerei para viver. Não sei ao certo quanto tempo mais viverei. Então enquanto vivo venho a escrever. Escrevo sem um sentido. Sem um motivo. Apenas jogo palavras. Troco pensamentos. Posso ser longo. E curto ao mesmo tempo. Não gosto de histórias. Não gosto desta ideia. De gostar. Odeio todos. Odeio tudo. Odeio inclusive jogar minhas palavras. Elas não valem nada. Não valem nada assim como eu. Como você. Como vocês. Como todos vocês! A inspiração não seca. Não para. Mas a repetição me cansa. L.E.R.! Lesão por esforço repetitivo. Escrevo. Escrevo. Escrevo. E dá vontade de escrever mais. Mas minhas mãos doem. E sinto que meu esforço é em vão. Jogo tudo no...

Amo você.

Sexta-feira.
Dia do erro.
Dia da festa.
Estou extremamente grato que nesta sexta não haja verba.
Pois então assim a violência impera.
Beber de graça, não por opção
mas sim, pela minha condição.
Duvido alguem me negar um cerveja
seja ela amarela, clara, negra, ou morena.
Se me negar jogo-lhe a cachaça
e me sentirei livre da desgraça.
Entendo que assim poderei viver
sobreviver
a mais uma semana
sem te ver.
Amo você!

Matando

Adormeci gigante. O maior de todos os homens. Cortes em minhas costas mostram o que todos os homens desejam. Lutar e. Vencer. Não vou agora dormir em remorso dos que matei. E não vou agonizar em um hospital se conseguir dormir por tanta dor, e pelo ódio de ter me dado mal. Eu sobrevivi. Quanto ao resto. É o resto. Cicatrizes fecham. Sangue estanca. Sabão lava. A vida corre assim. Outras pessoas correm de mim. Mas eu corro mais. Porque há também sempre alguem correndo atrás de mim. É preciso limpar o caminho. Criar o sedimento. Fortalecer o solo. O mesmo por onde meus inimigos irão passar. Mas os corpos de minhas vítimas se unem ao de tantos outros como eu. Que seguem caminhos distintos. Tentando confundir nossos predadores. Lembro-me de certa vez encontrar um velho. Que algum tempo depois viria a estar em meu percurso. O coitado já havia carregado mais de mil nas costas. Tinha habilidade fora do comum. Mas mesmo assim não era considerado ninguém. Nem mesmo a polícia tinha respeito pelo velho. O cara só bebia e quando brigava, eram só facadas e garrafadas. Nada além. Assassino barato. Missões difíceis. Mas bem sujas. Ninguém ligava pro sujeito. Nem mesmo as putas que ele pagava caro pra não ter nada. Mas era um bom sujeito. Principalmente depois de ter a cabeça esmagada pelo meu sapato. Depois pude perceber como acontece as coisas. A vida não muda. Este ciclo segue. E sempre vai seguir. Eu vou matando. Matando. Matando. E matando. Mas quando eu estiver fraco. Serei eu. O morto. Não há chance de escapar. Mesmo se pertencesse à uma máfia. Ou coisa do tipo. Morreria por algum motim. Não peço mais nada da vida. Estou bem assim. Dormi bem. Esse dia foi meu. Então durmo tranquilo. Hoje. Vou acordar. Mas não sei. Se voltarei. À dormir.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Interrupto

Acordar é um martírio. Abrir os olhos. Levantar. Tudo isso requer forças além do comum. É tempo de ódio. Olhos comprimidos. Sangue corre com raiva. Querendo explodir as veias. Implodir o coração. O sol por aqui já não aparece tão bem. Sempre úmido. Sempre frio. O ser humano pede proteção. Pede tanto. Há tanto tempo. Que o frio já passou a fazer parte de seu organismo. Hoje não mais pede proteção. Entretanto outro tipo de proteção sim.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

In.cômodo

Hoje me falta a inspiração. Não mais encontro aquelas mesmas palavras perdidas no chão. Dando-lhes alguma razão a existir. São muitos conflitos. Muitos mitos. Hoje o dia não amanheceu claro. O céu encontra-se turvo. Bastante nublado. Uma névoa escura. Sombria. Olhar a janela nunca foi tão introspectivo. Nunca vi tanto de mim no ar. Um dia inverso. Escuro. A necessidade de acender a lamparina. O reflexo de meu rosto não me diz nada. As rugas apenas escancaram minha fachada. Os olhos caídos parecendo precisar fechar. A sombra encostada na parede. Sem forma. Ninguém me diz nada. Estou só. Apenas o eco dos trovões me acompanham. A visão da cidade abaixo. Escura. A faz parecer ainda mais perigosa. Algo como cenário de filme. Mas é exatamente. Isso. Sem roteiro. Sem encenações. Nada de atores profissionais. O cigarro agora aceso parece dar-me maiores condições de percepção. A fumaça incomoda os olhos. Fazendo-os ficarem mais ativos. As narinas já acostumadas, apenas coçam. Aumentando o movimento do braço. Além de levantar o cigarro. A garganta já farta corrói. Tosse. Expulsa. E expele. Aquele muco indigesto. Lembro-me que ainda há um trabalho a fazer.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Minha companhia...

Bem, meus amigos, vou relatar-lhes o que me tem ocorrido nestes últimos dias. Fatos que não tenho como explicar o porque. Então só irei descrevê-los. Minha memória tem andado fraca. Alguns lapsos. Algumas lembranças longínquas. Sabores de cervejas. E de outras besteiras. Em alguns momentos não consigo definir onde estou. Me lembrar de quem sou. Apenas sei que sou humano. E como humano sou deplorável. Não direi que tentei me assassinar. Até gostaria. Mas sou muito filho da puta pra isso. Não iria fazer esse bem à humanidade. Lembro-me de certa vez, enquanto bebia em um bar a beiramar, os olhos de uma bela menina refletindo o luar, adentrar, sentar-se conosco. Sim, sempre estou acompanhado de vocês, meus amigos. E algo realmente me tocar. Me tocar profundamente. Cheguei a um certo momento, com minha mente tão psicótica, achar que estava sendo apunhalado, no entanto, não vi sangue, então continuei a beber ao lado daquela bela companhia. Hoje não sei o que me passa. Tédio. Vingança. Ódio. Acho que me tornei um sociopata. Ontem decidi olhar algumas fotografias para tentar estimular a memória. Dizem que mente sã corpo são. Mas se a minha não anda funcionando às mil maravilhas é sinal de que logo logo eu venha a desfalecer. Mas não sem antes lembrar daqueles olhos. Daquele rosto. Daquela menina. Tão tímida. Tão íntima. Daquela noite. Agora, me vejo aqui. Deitado a esta cama. Sem sentir forças a sair. Pensamentos fundidos. Ou mesmo, fodidos. Pelo tempo que já passou e não voltou. Pelo tempo que há de vir. Volto a dizer-lhes. Minha memória anda complicada. Esqueço muitas coisas. A verdade é saber que todos os dias. Ao sentar naquela mesma mesa. Ao final da tarde. Início do luar. Aqueles olhos vem me acompanhar. No bar. Nas ruas. Em todo e qualquer lugar. Agora me deitarei. Fecharei-me os olhos. E dormirei. Sei que esta noite será a mais longa. Sem dia a recomeçar. Mas também sei. Ela há de me acompanhar onde quer que eu vá. Ela há.... Ela há.... Ela h.... Ela .... Ela.... El.... E.... .... ... .. . Ela está a me acompanhar!

sábado, 11 de abril de 2009

Lanna (versão da vida)

Bem, estava lendo o blog Coisas Secundárias, e decidi dar um rumo diferente pra Lanna, a personagem do blog lá. Enfim. Espero que gostem. Porque eu achei que ficou una mierdita tan grande que si puede confundir con la selecione argentina de futebol.

Lanna então se vê sozinha. De saco cheio de sempre se dar mal. Decide então dar uma festa com todos seus amigos. Muita cerveja, pouca comida. A música dando a tônica da festa e todos só querendo saber de se divertir. Principalmente Lanna. Que decidira deixar para trás todo seu passado. Não mais iria se envolver intimamente com ninguém. A festa que se iniciara logo após o almoço. Já estava chegando em sua décima hora. Todos extremamente loucos. Corpos suados esbarrando-se. O calor insuportável de verão. Não passava um único vento. Exceto os de alguma respiração próxima ao corpo. Mormaço total. Então que chega Brand. Quem até o momento ela nunca tinha visto. Ele chega e diz trazer algo poderoso. Uma substância simples. Mas que ela jamais esqueceria. Algo muito além do álcool que ela tomava. E bem longe das drogas usadas por seus amigos. Intrigada Lanna continua conversando com o rapaz misterioso. Ele continua a falar. Soube de sua festa por terceiros. Assim como também soube de sua real motivação para a realização da mesma. Então decidi por mim mesmo vir até aqui entregar-lhe o que me há de mais precioso. Do qual eu fiz uso quando me encontrava em situação semelhante à sua. Lanna intrigada com aquilo tentava de todo modo prestar atenção às suas palavras. Mas estava bêbada demais para poder compreender. Ela então o leva para seu quarto. Para assim não ter tanta distração. Adentram ao quarto. O jovem Brand mostra-lhe o que carrega. Ela senta à beira da cama. Faz uso. Em seguida vai deitando-se lentamente. Sua visão segue ficando turva, lentamente. Tudo agora acontece lentamente. Lanna demora um pouco a se acostumar com a situação. Nunca havia experimentado nada além de bebidas e cigarros. Uma situação nova. Brand então pega a chave do quarto, se retira, trancando-a. E posteriormente. Retira-se da festa. Lanna não consegue se mexer muito bem. Não tem forças para mover o próprio corpo. Os olhos, sempre bem abertos neste momento se fecham. Como um cochilo. Ela acorda logo após. Não encontra-se mais em seu quarto. Está apenas passeando pelas ruas de uma grande cidade. Na parte decadente. Lógico. Era disso que ela gostava. Foi isso que ela sempre gostou. Com três amigos que sempre estiveram ao seu lado durante toda sua curta existência, ela senta-se em um dos diversos bares da rua. Uma média de dois bares por quarteirão fazem do percurso de sua casa até o estúdio, cerca de quinhentos metros, ser muito longo. A banda que Lanna tinha desde o colégio não era nada de famosa. Mas sempre tinham a mesma galera na plateia. O que lhes garantia algum sustento sem precisar trabalhar. Além de lhes dar a oportunidade de viajar algumas vezes. E assim ela se sentia feliz. Não fazia questão de mais nada. Apenas de seus amigos, sua banda, e o que ela lhes provia... droga, bebidas e cigarros. Porém, havia algo que a incomodava. Instigava. Hanna. Não a Hanna Montana, outra Hanna. - Lanna, Hanna, puta que pariu. E cadê a Anna? - Bem, Anna aparece agora. Era a namorada de Hanna. Mas não era isso que incomodava Lanna. Havia algum tipo de admiração por Hanna que ela não conseguia definir. Algo como uma paixão platônica. A partir da qual ela se alimentava para manter-se viva. Nada que mudasse o seu rumo ou seu foco. Apenas algo para dar-lhe inspiração. Nossa personagem, poderíamos dizer, não tinha coração. Exceto por alguns poucos momentos de fraqueza. Ela sempre fora uma pessoa forte, egocêntrica e egoísta. Não houve tempo em que tenha se apaixonado por alguem. Era, sim, apaixonada por seus três amigos. Sem eles, não conseguiria sobreviver. Mas Hanna estava sempre em todos os shows. Não faltava a um sequer. Pagava bebidas pra galera. Era de uma família com dinheiro. Tinha tudo o que queria ter. Mas preferia ir ali. Ficar naquela parte imunda da cidade. Onde a decadência encarnava cada ser vivo que pisasse aquele solo. Estava encrostada em cada fissura, rachadura, buraco. Parecia contaminar o ar, ao sair do bueiro. Dava a impressão de que toda essa decadência vinha do esgoto. Um fedor insuportável para quem quisesse se manter são. E ela estava sempre lá. Sempre no raio de visão de Lanna. Ela se perguntava muitas e muitas vezes, geralmente quando estava chapada, o que levava uma menina como aquela a frequentar aquele lugar. Anna, nem sempre estava junta. Menina tão instruída quanto Hanna, mas menos inconsequente. Sabia o quanto era perigoso frequentar certos lugares. E toda semana era assim. Sempre sem muitas alterações. Segunda-feira, dia morto. De terça à quinta, ensaios, e estímulo intenso à criatividade. De sexta à domingo, admiração intensa e enrustida para com Hanna. No entanto, a humilde banda de Lanna conseguira uma turnê de três meses, por vários países. Alguns achavam que era armação e que eles iriam se dar mal. Outros falavam que era fruto de tanto tempo fazendo o que gostavam. Quem não entendia bem como funcionava, falava que era sorte. Mas eles? Bem, eles tavam pouco se importando. Decidiram então fazer uma semana só de festa. No domingo, assim que começou a comemoração. Lá estava Hanna, sozinha. Lanna, já bem inconsequente, vendo o mundo aos seus pés, convida Hanna para tomar alguma coisa em seu quarto, ao momento em que ela aceita rapidamente. As duas se envolvem. No que terminam, Lanna está muito apreensiva. Nervosa. Agitada. Suas mãos não param de tremer. Mal consegue colocar o cigarro na boca. As batidas da música ecoam por seus tímpanos como que se não fizessem efeito. Tudo acontecia muito lentamente. Embora ela estivesse completamente agitada. Ela perdeu o seu norte. Não há mais um ponto de referência. Hanna havia deixado de ser uma utopia. Tornara-se real. Humana. Isso não estava certo. Não poderia!. Enquanto a jovem dormia após a intensa noite de puro sexo. Lanna andava inquieta pelo quarto. Desesperada. Não conseguia pensar em outra coisa. Apenas de que tudo aquilo estava errado. Já havia fumado quase um maço de cigarro sem parar, quando ele achou uma solução. Pegou um amplificador que estava guardado em seu quarto. Subiu a cama. E largou-o do alto. Em direção à cabeça de Hanna. O corpo da vítima começou a mexer-se involuntariamente. Lanna então pegou novamente o amplificador e fiou largando-o em cima dela, até acabar com qualquer sinal de vida. Ao descer da cama, Lanna sentia-se bem mais aliviada. Aquilo realmente tinha lhe feito bem. Estava satisfeita. Mas faltava-lhe algo. Porém nada atrapalhou sua festa. Segunda. Terça. Quarta. Quinta. Sexta. Quando sábado ao sair de seu descanso, em seu quarto, ao lado de sua, agora, eterna, deusa, Lanna esbarra em alguem, logo ao passar a porta. O garoto, meio cambaleando, tentou esboçar um pedido de perdão. Quando Lanna olha pra cara do moleque. E aí?. Qual é!. Tá usando o que? Tu tá muito ruim.. Uma parada nova, tu não faz ideia.. Boa! Tem mais aí? Tô afim.. Claro! Pra você sempre tem. Mas vamos lá dentro.. Melhor.... Quando os dois entram no quarto. O jovem grita. Trabalho bem feito, hein. Ela nem deve ter sentido nada.. Quem sentiu fui eu - ela fala, enquanto o rapazote abre a bolsinha - senti um enorme prazer.. Imagino.. Então ele prepara o ilícito e dá à ela. No início uma euforia toma conta dela. Ela começa a correr pelo quarto. Pular em cima da cama, e mesmo, em cima de Hanna, agora já com quase uma semana de apodrecimento no quarto. Ela começa a fumar intensamente. Enquanto o garoto fica parado, só olhando e rindo, juntamente com Lanna. O ritmo frenético a faz encher varios copos de uísque com vodka, cachaça, cerveja. Ou qualquer outra bebida alcoólica. Quando começa a passar em sua mente, momentos em que ela não era aquela Lanna que sempre imaginou ser. Que já foi frágil. E, por muitos incompreendidas. Mas ela não conseguia captar inteiramente esses pensamentos. Era tudo muito distante. Então ela deitou, com a cabeça no colo de Hanna. Fitou o teto por muitos minutos. Agora se sentia mais leve. Então lembrou-se de um nome. Uma pessoa. Brand? Brand?. - Vamos, amor.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

tchuntchurun

a dor de levar uma porrada
o êxito de ser na cara
a leveza dos atos acumulados
e ao lado pessoas de seu agrado
marchemos rumo ao fim
interessados à quem puder vir
não encontramos solução
mas mais um rumo ao lixo
quem me dera saber escrever
o que vejo como você vê
desculpe não poder olhar
mãos ao alto e vejo o ar
agora já sente bem a dor
a dor de ser ou estar
do eterno momento incolor
eu diria que sou você
e você diria que sentiria amor
a face num instante esmagada
direção e sentido tão preciosos
movimentos sutis e belos
atitudes levadas a esmo
e no fim cai em teus braços
feliz por ser, estar, amadurecer, amar.