sexta-feira, 17 de abril de 2009

Chão!

A inspiração me vem. Me faz sentir que posso ir mais além. Ao contrário do que disse esta semana. As palavras me vem como uma nuvem de fumaça quando solto o bafo do cigarro. Faz o caminho inverso da cerveja que entra enquanto me embriago. A velocidade é tão intensa que me troco as letras. Embolo as palavras. Às vezes me pego até inserindo vírgulas nos meus textos sem pausa. Respiração pode ser fatal. Me sinto como se fosse um animal a espreita de sua presa. Olhos tensos. Batimentos acelerados. Tudo friamente calculado. Mas ao mesmo tempo. Na velocidade da intuição. Perco o controle de meus movimentos. O instinto toma conta. Isso é perigoso. Ou esqueci de tomar meu remédio. Ou não deveria estar bebendo. Mas acho que por não poder beber e me medicar. A primeira opção não poderia largar. A cartela está cheia. Minha mente também. Cheia de besteira pronta pra transbordar. E transborda. E se joga. O controle de pensamento fica perdido pelo tempo. A velocidade da luz se perde no choque com as ideias. Seremos os campeões do renascimento. Eu renasci! Eu vivi para morrer. Eu morrerei para viver. Não sei ao certo quanto tempo mais viverei. Então enquanto vivo venho a escrever. Escrevo sem um sentido. Sem um motivo. Apenas jogo palavras. Troco pensamentos. Posso ser longo. E curto ao mesmo tempo. Não gosto de histórias. Não gosto desta ideia. De gostar. Odeio todos. Odeio tudo. Odeio inclusive jogar minhas palavras. Elas não valem nada. Não valem nada assim como eu. Como você. Como vocês. Como todos vocês! A inspiração não seca. Não para. Mas a repetição me cansa. L.E.R.! Lesão por esforço repetitivo. Escrevo. Escrevo. Escrevo. E dá vontade de escrever mais. Mas minhas mãos doem. E sinto que meu esforço é em vão. Jogo tudo no...

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